Poema de um amor eterno
Quando eu não existir,
Busque uma praia solitária
Estarei no vento que vem do mar
Quando eu não mais existir
Ouve nas solidões de tuas noites
Melodia triste e profunda
Estarei na música
Quando eu não mais existir
Procure na casa do crepúsculo
Nas tardes vestidas em véus
Serei a brisa que te beija a boca
Estarei no perfume das flores
Que tuas mãos tocarem
Nas estrelas que teus olhos buscam
Serei o frio do luar que te afaga
Quando eu não mais existir
Irá sentir-me nas noites de felicidade
Serei o sorriso a ternura o teu pranto.
Deixarei nas lagrimas de teus olhos,
Artificiais lembranças da noite
Em que me entreguei a seu coração
No gostoso fruto proibido
Estarei nos beijos que te derem
Quando eu já não existir
Existirá o meu amor ardente nas estrelas
Suspirando na serragem da madrugada
Quando eu não mais existir
Haverá um barco
Onde verás o semelhante sorriso
E a pequena boca dizer
Eu te amo
Quando eu já não existir
Procure-me dentro de si mesmo
Nas tuas lembranças
E então saberás que sempre fui
E sempre serei teu...
Milene Isabele